A maior parte dos metais não apresenta actividade biológica. No entanto alguns apresentam-se como micronutrientes, ou seja, elementos que não podem ser produzidos pelo organismo (têm que ser ingeridos) e que são necessários em baixas concentrações. De facto muitas enzimas e outras proteínas estão dependentes da presença de um elemento metálico para conseguirem actuar. Um bom exemplo disso é a hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos que é uma que transporta o oxigénio e que tem um grupo heme, um grupo que possui um núcleo com ião Fe2+ (na imagem: "iron" em inglês, Ferro) que dá ao sangue a cor vermelha. Outro exemplo é por exemplo a enzima que faz a multiplicação do DNA nas células, a DNA polimerase: também esta enzima apenas actua na presença de um ião Mg2+ Sem este metal, a multiplicação celular pode ficar comprometida e os organismos não se desenvolvem. Muitos outros metais, alguns deles onsiderados metais pesados (ex.: Crómio), são essenciais para o metabolismo correcto das nossas células mas, em grandes quantidades podem ser prejudiciais!
Por curiosidade, há animais, como a lula e o polvo que se dizem de “sangue azul”. Na verdade nestes animais os glóbulos vermelhos não possuem hemoglobina mas sim uma molécula muito parecida, a hemocianina que contem um núcleo de cobre em vez de um grupo ferro.
Are you talking to me?
Saudações metálicas!!
Heavy Reading
Odum, Eugene. Fundamentos de Ecologia. Fundação Calouste Gulbenkian. 6ª edição.
Nelson, D., Cox, M. (2004) Lehninger Principles of Biochemistry, Fourth Edition. W. H. Freeman.