quinta-feira, 31 de maio de 2007

… da água às cadeias alimentares!


Existe um elevado risco para a Saúde Pública quando os metais pesados acumulados no solo e na água são assimilados pelas raízes das plantas ou pelos organismos presentes no solo, porque se propagam ao longo da cadeia alimentar de uma forma muito característica: uma planta ou um produtor assimila os metais presentes no solo armazenando-os na sua estrutura sob determinada concentração. Ora um herbívoro ou consumidor primário, que se alimenta destas plantas, ingere os metais presentes em várias plantas acumulando-os no seu corpo a uma concentração equivalente às várias plantas contaminadas das quais se alimentou até ali. Depois um carnívoro que se alimenta de herbívoros, ingere ao longo da vida vários herbívoros contaminados e acumula no seu corpo uma concentração equivalente a todos estes herbívoros e às várias plantas das quais estes se alimentaram. Este mecanismo, denomina-se bioacumulação e prossegue até ao fim da cadeia alimentar onde os grandes consumidores acumulam enormes concentrações de metais no seu organismo. Estas concentrações elevadas permitem que os efeitos da intoxicação por metais sejam suficientemente fortes para provocar doenças a diversos níveis onde cada metal actua de forma muito particular. Se tivermos em conta que o homem é o consumidor por excelência... vamos começar a apitar nos detectores de metais dos areoportos!



Saudações metálicas!

Heavy Reading

Odum, Eugene. Fundamentos de Ecologia. Fundação Calouste Gulbenkian. 6ª edição.
WHO. 1995. IPCS – Environmental health criteria for lead. Geneva: World Health Organization.
www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0304/Dioxinas/gloss.htm (definição)

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